
HDS – Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária - Colônia Santa Marta
Breve história da Colônia Santa Marta

Construída em 1937 e inaugurada em 1943, a Colônia Santa Marta tinha como propósito principal, ser um espaço destinado ao cuidado dos doentes acometidos pela lepra/hanseníase do Estado de Goiás. Naquela época, devido ao desconhecimento científico acerca da doença, os indivíduos portadores da enfermidade eram internados de forma compulsória, pois a mesma era considerada altamente contagiosa, sendo este isolamento uma alternativa para evitar sua propagação.
(Foto: Vista Parcial da Colônia Santa Marta. Fonte: Revista de Educação e Saúde, n. 29/30, ago. set. 1946 p. 55.)

Inicialmente vieram pessoas de outros estados para administrar a colônia, juntamente com as freiras da congregação religiosa da ordem dos Vicentinos . Estas trabalhavam no atendimento aos doentes como também no acolhimento espiritual. Monsenhor Rodolfo Tellmann , conhecido como pai dos hansenianos foi outra figura importante na consolidação e na estruturação das dependências para os pacientes, e este não media esforços para conseguir melhorar a vida dos residentes na Colônia. Uma cidade/hospital projetada para ser autossustentável, pois o isolamento era a política sanitária utilizada em todos as regiões do pla neta, como sendo na época a única possibilidade de paralisar a propagação da hanseníase.

Sua construção ocorreu em consonância com a transferência da capital para Goiânia, sob a tutela do Prefeito Pedro Ludovico Teixeira. A cidade confinamento escondia em suas ruas, hospital, pavilhões, casas e chácaras (também chamadas de galinheiro), dores e amarguras que sua gente padecia. A colônia tinha sido um refúgio para pessoas que buscavam tratamento médico para a lepra e acabavam tendo um recomeço em suas vidas.
Tabela 1: Movimento de Internos da Colônia Santa Marta 1947 - 1952
Fonte: Mensagens dos governos do estado de Goiás de 1948 e 1953.
Inicialmente chegou e receber cerca de 900 pacientes divididos em seus 12 pavilhões de acamados , sendo 05 femininos e 7 masculinos, e 5 pavilhões de andantes. Posteriormente outras dependências foram construídas consolidando a cidade confinamento.
SOUZA ARAÚJO, Heráclides César de. História da Lepra no Brasil. Período Republicano (1889 1946). Álbum das organizações antileprosas. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1948.

