
Hanseníase
A hanseníase, uma doença milenar que perdura até os dias atuais, continua a desafiar sistemas de saúde em todo o mundo. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, esta enfermidade crônica afeta a pele, os nervos periféricos, as mucosas do trato respiratório superior e os olhos. A história da hanseníase é marcada pelo estigma, desconhecimento e, muitas vezes, diagnósticos tardios que levam a consequências irreversíveis.
Sintomas e Desafios
Os sintomas variam desde manchas na pele até a perda de sensibilidade nas extremidades, podendo evoluir para deformidades e incapacidades físicas. A transmissão ocorre principalmente através das vias respiratórias, mas o contágio é considerado baixo. Apesar de ser uma doença tratável e curável, o estigma associado à hanseníase persiste, dificultando o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento.
Dados de Incidência
Em 2021, 106 países reportaram à Organização Mundial da Saúde (OMS) 140.594 casos novos da doença no mundo. Na região das Américas, houve 19.826 (14,1%) casos notificados; desses, 18.318 (92,4%) ocorreram no Brasil. Nesse contexto, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de casos no mundo, seguido da Indonésia.
Nos últimos cinco anos (2017 a 2021), foram diagnosticados no Brasil 119.698 casos novos de hanseníase. Desse total, 66.613 casos novos ocorreram no sexo masculino, o que corresponde a 55,7% do total.
No estado de Goiás, a situação da hanseníase também merece atenção. No mesmo período, foram registrados 6.128 casos novos no estado, demonstrando a importância de estratégias locais de controle e prevenção.
É fundamental ressaltar que os números podem variar ano a ano, e os esforços contínuos na conscientização, diagnóstico precoce e tratamento são essenciais para combater a hanseníase e seus impactos na saúde pública.
Janeiro Roxo
O Janeiro Roxo foi definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o momento para sensibilização da sociedade sobre a temática Hanseníase. Mês pontual para discutir e refletir sobre a Hanseníase como problema de saúde pública e potencializar as ações para sua eliminação. Momento de ampliar a discussão sobre as formas de contágio e reforçar que a Hanseníase tem cura e depende do diagnóstico precoce e tratamento adequado. Com informação qualificada, conseguiremos desconstruir o estigma e preservar os direitos da pessoa acometida pela Hanseníase.