História das Freiras
As irmãs da congregação vicentina constituíram se em referência fundamental no trabalho desenvolvido na Colônia, pois ajudavam em tudo, principalmente na área de enfermagem e no trabalho espiritual como conselheiras e amigas, conforme os informantes. Cada irmã era responsável por três ou quatro pavilhões. Elas se levantavam cedo, desempenhando ao longo do dia diversas tarefas, tais como as de enfermeira, cozinheira, costureira. Além desses afazeres, procuram dar a sensação de acolhimento para os internos com palavras de paz, amor e harmonia espiritual, sendo que eles necessitavam muito disso, na medida em q ue eram marginalizados pela sociedade e pela própria família. A retirada destas no ano de 2007 foi ma rcante para a população residente na Colônia.

De acordo com uma interna da instituição desde 1955, A. F. S.: As Irmãs costuravam, bordavam, eram enfermeiras, conselheiras, amigas. É a mesma coisa de nós sermos filhos delas. Quando as irmãs da caridade saíram daqui foi muito ruim. Nós nem podemos comparar a Colônia de agora sem as irmãs, com a Colônia anterior (ENTREVISTA, 2001). Este sentimento é partilhado por J.P.S, de 72 anos, cozinheiro aposentado da instituição quando as irmãs saíram da Colônia, ela acabou, pois eram elas que davam vida e impu nham respeito aqui. Elas eram peças importantes e se tivessem deixado somente aos cuidados delas, sem a interferência de políticos, poderiam estar hoje como a Vila São Cotolengo, em Trindade, também dirigidas por irmãs vicentinas (Ivone Garcia Barbos a e Esp. Renato Barros de Almeida).

